Cidades resilientes precisam investir na natureza

A utilização de infraestrutura natural pode ser uma estratégia para tornar as cidades mais inteligentes e resilientes para o futuro. Confira os exemplos!

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A utilização de infraestrutura natural pode ser uma estratégia para tornar as cidades mais inteligentes e resilientes para o futuro. A adoção de parques lineares nas margens de rios, por exemplo, pode gerar mais segurança frente aos impactos de eventos climáticos extremos.

Parques lineares? São áreas naturais mantidas às margens de rios, que protegem a infraestrutura urbana, amenizando efeitos de inundações e enchentes. A permeabilidade do solo reduz a velocidade de escoamento superficial da água, permitindo que a água da chuva possa se infiltrar no solo. Desta forma, protegem a vida humana e oferecem qualidade de vida, com espaço para que a população possa viver em contato e harmonia com a natureza. Também servem como refúgio para a biodiversidade urbana, assim como área de descanso para espécies em processo migratório.

Exemplos de cidades resilientes

Cidades resilientes precisam investir na natureza

Cidades resilientes precisam investir na natureza

Diversas cidades pelo mundo já estão implantando soluções baseadas na natureza semelhantes a estas e comprovando seus resultados na prática, confira algumas delas.

Cidade Esponja (China)

No coração da cidade chinesa Jinhua existe o encontro de dois grandes rios que provocavam constantes enchentes. A área alagada era cercada por um grande muro (dique) que tinha como função conter a água nos períodos chuvosos, mas que não era eficiente. A região esteticamente era desagradável e a população não utilizava esse espaço. Em 2013, foi elaborado um projeto no conceito “cidades-esponja”, repensando a infraestrutura da cidade com relação à água.

Os rios foram renaturalizados, áreas foram transformadas em parques que a população poderia usufruir e foi possível armazenar água nos períodos chuvosos. O resultado foi potencializado pelo uso de ferramentas como calçamento permeável, teto-verde, praça-piscina e parques alagáveis. Com esse projeto a cidade ganhou uma nova identidade, a população se reconectou com a natureza, foi eficiente para o combate a inundações e hoje 40 mil habitantes utilizam o parque diariamente. O projeto faz parte de uma política nacional de incentivo à adoção de abordagens ecossistêmicas para lidar com as enchentes, com meta de ter 250 projetos de “cidades-esponja”.

Califórnia (Estados Unidos)

O  Estado Americano possui uma Lei de 2016 que reconhece áreas naturais como infraestrutura hídrica. A lei foi aprovada em razão de diversos estudos demonstrarem a importância do investimento na restauração e conservação de áreas naturais para garantir mais água, com maior qualidade, e maior resiliência aos impactos da mudança do clima.

Campinas (Brasil)

O programa de Parques Lineares foi desenvolvido no âmbito do Plano Municipal do Verde de Campinas (Plano Municipal do Verde) (Decreto Municipal nº 19.167/16), que após diversas análises, identificou o Déficit de Áreas Verdes Sociais do Município e propôs minimizá-lo por meio da implantação de 49 trechos de Parques Lineares.

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- Por Fundação Grupo Boticário